Quatorze alunos da Escola Estadual Rio Branco documentam a vida dos indígenas Karitiana. Com celulares nas mãos os estudantes registraram as reações da comunidade Karitiana assistindo a uma partida da seleção brasileira na Copa do Mundo. O resultado destas filmagens se tornou um documentário que deve ser apresentado em Mostra Cultura promovido pelo projeto “Telinha na Escola” em agosto.
Durante a atividade, os alunos puderam registrar o dia a dia dos índios Karitianas. Os depoimentos foram gravados em forma de entrevistas. A aldeia tem aproximadamente 400 habitantes que contam com um posto de saúde, energia elétrica e até telefone público. A escola ainda está em construção.
Umas das personagens do documentário a indígena Aline Karitiana revelou sua preferência por um dos jogadores mais famosos da seleção brasileira. “Gosto muito do Kaká porque ele é bonito e joga bem", disse a índia bem humorada. “A torcida é tão vibrante pelo Brasil quanto em qualquer parte de país”, disse a professora da escola Rio Branco, Ana Claudia Ribeiro que ajudou nas filmagens.
Já o professor de geografia, Magno Martins disse que a oportunidade de integração foi única. “A idéia de levar a turma do Telinha na Escola para a Aldeia dos Karitiana surgiu com o objetivo de promover a integração cultural em torno de um ponto comum, o patriotismo e o futebol, que unem nações em época de Copa e Olimpíadas, destacou Magno.
O projeto da Ong Casa da Árvore, Instituto Vivo e da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) tem objetivo de incentivar o uso de novas tecnologias em sala de aula, utilizando o celular como instrumento pedagógico, acessório que antes tirava o sossego de professores e distraia a atenção dos alunos, e que agora se tornou aliado do ensino. A cada semestre, duas novas turmas são abertas com 20 vagas cada. Em Porto Velho, o projeto também acontece nas escolas estaduais Flora Calheiros, Oswaldo Piana e Petrônio Barcelos, envolvendo 12 professores de diversas disciplinas e 40 jovens estudantes.
Ana Claudia disse ainda que a experiência foi ímpar. “Compartilhar desta oportunidade com os meninos, ver a capacidade que cada um tem de criar, de buscar a perfeição na imagem, nos textos, na edição final, foi sem dúvida um aprendizado muito precioso para todos nós” enfatizou a professora.
Postado:Rita LIndomar-Profª.Produção